quinta-feira, 12 de junho de 2008

Irmão Marcelo Peruzzo


O coordenador e responsável pelo Centro Social Marista Canudos, chegou no bairro em 2006, quando veio de Lageado. Também é responsável pela formação Marista dos formandos, os jovens que tem uma experiência na casa dos Irmãos Maristas com o objetivo de serem Irmãos.

Ir Marcelo está muito feliz com a comemoração dos 10 anos do Centro Social Marista Canudos, já que o Centro só existe para ajudar a comunidade, e se está dando certo é porque eles querem melhorar as suas vidas.

Irmão Eligius Kemper


Irmão Eligius está na comunidade de Canudos desde 1988. Nestes 20 anos de presença no bairro, ficou fora durante 3 anos quando esteve no Amazonas, retornando em 1999 para Novo Hamburgo.

Atualmente é assessor da fraternidade Irmão Bortolini e de grupos de liturgia e lideranças das comunidades Eclesiais. Também é orientador vocacional.

Para o Irmão, o Centro Social Marista Canudos é o que cada entidade religiosa Marista deve ser, se dedicar aos mais necessitados. Precisa se adaptar ao que o fundador São Marcelino Champagnat queria dos Irmãos

Irmão Cláudio Rockenbach


Cláudio Rockenbach, Irmão Marista há 58 anos, já morou em algumas cidades brasileiras, mas na maior parte do tempo, viveu em Moçambique, onde ficou 32 anos nas duas vezes que morou lá.

Quando chegou a Canudos, em 2002, foi Coordenador do Centro Social Marista Canudos por 4 anos. Atualmente o Irmão não tem uma função especifica no Centro Social além de marcar a presença Marista no bairro.

Ir Cláudio foi, durante 6 anos, diretor do Colégio São Marcelino Champagnat – EJA. Pediu para ser vice-diretor, já que as pessoas se acostumam com o mesmo estilo de direção. Ele considera que é bom mudar, seja para melhor ou pior, mas mudar.

Para o Ir Cláudio, o Centro Social deve, antes de tudo, evangelizar, ser fiel com a proposta de Jesus Cristo e ao fundador São Marcelino Champagnat, e não se preocupar tanto com a estrutura física.

Formando José Carlos Bittencourt


O formando, José Carlos da Silva Bittencourt, tem 18 anos e chegou a Canudos em janeiro deste ano. Apesar do pouco tempo no Centro Social Marista Canudos, ele exerce várias funções. É voluntário da Pastoral do Centro Social e do Colégio são Marcelino Champagnat – EJA, suplente da secretaria, assessor do Jumar e responsável pelos projetos: Natação e Cidadania, Criança Encanto, é voluntário do projeto Gol da Cidadania.

José considera esse trabalho gratificante. Ele nota a retribuição de carinho da moradores do bairro pelos Maristas. Segundo o formando, o Centro Social tem o papel de atender algumas necessidades da comunidade e evangelizar.

Em sua caminhada como Marista, Canudos é o primeiro lugar que o formando vai passar. Ele fica no Centro Social até o final de 2008, depois vai para o Postulado em Bom Principio.

Dez anos promovendo novas oportunidades de vida

O Centro Social Marista Canudos comemora 10 anos. Os cursos que começaram na própria casa dos Irmãos Maristas, cresceram e hoje, beneficiam aproximadamente 590 pessoas.

Ouvindo os desejos da população de Canudos, os Irmãos Lédio e o ex Irmão Solimar, que na época estavam na casa dos Irmãos em Canudos, onde fica o Centro Social hoje, auxiliaram na formação do Centro Social Marista Canudos.

O Centro inicialmente oferecia cursos profissionalizantes de Cabeleireiro, Manicure, Pintura em Tecido, Tricô e Crochê, e reforço escolar de 1ª a 4ª série do Ensino Fundamental para aproximadamente 150 moradores de Canudos.

Com a oportunidade dos cursos, os usuários notaram que a violência e a falta de dinheiro foram amenizadas. O interesse por aumentar a renda familiar foi crescendo e com isso, surgiram outros cursos. Atualmente, além dos cursos iniciais, são disponíveis os cursos de culinária, marcenaria, artesanato e corte e costura.

Os cursos ajudaram pessoas como a ex-aluna de artesanato e atual professora do curso, Jaqueline de Souza, que foi da primeira turma do Centro Social. Ela gostou e se dedicou tanto, que a antiga educadora a indicou para ser professora. Hoje ela dá aulas para adultos e crianças, e com muito orgulho fala das suas alunas que também tiveram oportunidades com o curso. É o caso das alunas e irmãs Geci Moreira da Silva e Maria Rech, que começaram a vender os materiais produzidos no curso. “As vendas foram tão grandes que hoje temos uma loja no bairro Canudos, onde vendemos nossos artesanatos!”, relata as novas empresárias.
As crianças e jovens de 9 a 14 anos também aproveitam os cursos de pintura em tecido, artesanato e entalhe, para ajudar no orçamento familiar. A jovem Tâni de Paula, 15 anos, economizou e ajudou nas despesas da sua festa de 15 anos vendendo produtos que ela produziu no curso de artesanato. “Valorizo o curso porque não é sempre que surge uma oportunidade dessas, um curso gratuito. Aproveito muito a chance que o Centro Social me oferece” agradece Tâni, que gostou da experiência que já cursa pintura.. Para o próximo semestre, ela pretende ser voluntária no curso de pintura para ajudar as novas alunas.

Os exemplos continuam como a adolescente Luana Silva, de 11 anos, que ficou sabendo do Centro Social através de amigas. Ela começou em 2007, fazendo artesanato e agora aprende pintura infantil. Ela adora presentear os amigos, familiares e vizinhos com o que produz no curso. “Gostei tanto dos cursos que quero fazer o curso de artesanato mais uma vez para aprimorar o que aprendi.” confessa a aluna.

Há 10 anos como educadora do Centro Social, Regina Maria Dietrich foi indicada pela sua mãe para ensinar pintura para crianças. Sua mãe foi convidada para dar aulas, e a indicou para os Irmãos Maristas. “Prefiro dar aulas só para crianças, pois elas entendem e aprendem com mais facilidade.” confessa a professora. Regina está muito feliz com a dedicação dos alunos, eles têm muita vontade de aprender. Além de instrutora do curso, Regina ressalta que muitas das vezes faz o papel de conselheira, “os jovens nos procuram para desabafar seus problemas, contam o que tem vergonha de falar com os pais!” ressalta a educadora.

Como acompanha o Centro Social desde o começo, Regina revela que é gratificante ver a retribuição de carinho da comunidade. “O Centro cresceu muito, no começo, os cursos eram em só um turno e anuais, agora funcionam em meio turno e durante meio semestre!”. Regina confessa que quer fazer parte do Centro até não ter mais condições de ensinar.

Graças à dedicação dos colaboradores e dos usuários dos cursos, o Centro Social cresce a cada ano, beneficiando a vida dos moradores, que descobrem novas oportunidades de trabalho e perspectivas de vida.